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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Atenção Mulheres!

Anemia na menstruação
A anemia (do grego, an = privação, haima = sangue) é uma doença caracterizada pela diminuição da concentração da hemoglobina sanguínea aquém de níveis considerados de padrão de saúde.
Nas mulheres, o padrão de produção de hemoglobina é menor se comparado a dos homens justamente devido ao ciclo menstrual. Mas é importante ficar atenta, pois a anemia pode estar relacionada com o ciclo menstrual e provocar inúmeros transtornos à saúde, a denominada anemia na menstruação por conta de um fluxo muito intenso, a menorragia.
Nestes casos, a doença é identificada pelo sangramento abundante durante a menstruação, cansaço rápido ao andar ou correr, cólicas intensas e eventual queda de pressão todo mês.
A menorragia é um distúrbio de origem hormonal que traz incômodo a 20% das mulheres em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e provoca anemia em função da perda excessiva de sangue, e redundar até na retirada do útero.
"A quantidade de sangue do fluxo menstrual varia, mas a própria paciente vai perceber que está menstruando mais do que o normal. Principalmente se ela perceber que o sangue menstrual coagula, que está usando mais absorventes do que costumava", explica o médico ginecologista Manoel Nobre sobre como identificar o problema.
O médico explica ainda que a principal causa da menorragia é um descontrole hormonal que provoca aumento na perda de sangue durante a menstruação. Por conta disso, o distúrbio é bastante comum na adolescência e no início da menopausa.
O hipotálamo, que é responsável pelo controle do fluxo menstrual, leva de 2 a 5 anos para chegar à maturidade e estabilizar a quantidade de sangue perdida por mês. Por isso, a menorragia é mais comum entre adolescentes.
No caso da menopausa, as enormes oscilações nos níveis hormonais, que dão origem a outros sintomas mais conhecidos, como calores, a irritabilidade e a redução do desejo sexual são também as causadoras da menorragia. Além do desequilíbrio hormonal, miomas, pólipos e cistos também podem provocar o problema.
O diagnóstico do problema é feito por meio de exames de sangue, Papanicolau, biópsia endometrial, ultra-som e histeroscopia (método que permite a visualização direta do interior do útero).

Tratamento
Quando a causa por trás da menorragia pode ser identificada, o tratamento pode ser direcionado para ela. Menstruação intensa no começo ou final dos anos reprodutivos pode passar espontaneamente.
Se o grau de sangramento for moderado, tudo o que deve ser feito é certificar-se que não há um problema grave por trás da menorragia. Se ocorrer anemia, suplementos de ferro podem ser usados para restaurar os níveis normais de hemoglobina.
A menorragia é muitas vezes tratada com hormônios, geralmente com contraceptivo oral combinado ou pílulas de progesterona por poucos meses. Para diminuir a dor e intensidade da menstruação, o médico ressalta que a paciente pode tratar com anti-inflamatórios ou ácido tranexâmico, o qual é mais eficiente. "Isso pode ser combinado com a medicação hormonal adequada à cada paciente", ressalta.
 

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