Quando bate a fome, quem
passa a informação do estômago para o cérebro é uma substância chamada
grelina, que a sinaliza ao hipotálamo, responsável por programar o
nosso circuito cerebral. É nessa região que o apetite é regulado.
Para
que os níveis de glicose mantenham-se estáveis é essencial realizar
três refeições maiores por dia, intercaladas por pequenos lanches. “Um
café da manhã reforçado, um almoço ponderado com proteínas e
carboidratos e um jantar menos pesado constituem as três maiores
refeições”, afirma o neurocirurgião Dr. Fernando Gomes Pinto, do
Hospital das Clínicas de São Paulo.
Com o combustível do cérebro
completo, aumentam não só a concentração, mas a agilidade mental, a
paciência e até o bom humor, já que cada grupo de alimento exerce uma
função. “Nesta hora os níveis sanguíneos de glicose e insulina e os
hormônios grelina e leptina são monitorados para avaliar se o organismo
tem calorias e nutrientes suficientes para funcionar ou não”, explica o
neurocirurgião.
A alimentação fracionada é o que faz toda a
diferença para o bom funcionamento da mente. "A ingestão de grande
quantidade de alimentos em uma única refeição no dia provoca grande
gasto energético para o sistema digestivo e sonolência, o que diminui
muito a performance mental e consequentemente aumenta a fome”, completa
Dr. Fernando. Para evitar que esse sinal chegue mais lentamente, a
combinação de um cardápio repleto de líquidos, cafeína, vitaminas e
carboidratos compõe a quantidade ideal de energia que os neurônios
precisam para funcionar adequadamente. E emagrecer!
Líquidos
Os
líquidos têm utilidade na estabilização da circulação sanguínea e no
transporte dos nutrientes. Por isso beba muita água, chás e coma frutas.
Zinco
Ele contribui para o equilíbrio
neuroquímico, é importante para a memória e para a concentração. Você
encontra zinco na carne vermelha, nos ovos, peixe, cenoura, pão
integral, batata e gergelim.
Carboidratos
Carboidrados são fonte de energia e fornecem glicose: estão nos cereais integrais, frutas e vegetais.
Cafeína
Cafeína em pequenas quantidades
promove dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro e melhora a memória e a
capacidade de concentração. Pode ser encontrada no café, nos chás preto
e verde.
Vitamina B
Vitamina B e tiamina contribuem
para o funcionamento das células do sistema nervoso central. São
necessárias para ativar o metabolismo da glicose e podem ser encontradas
nos cereais integrais, farinhas de aveia, germe de trigo, leguminosas,
nozes e carne suína.
Ácidos graxos insaturados e ômega 3
Ácidos
graxos insaturados e ômega 3 são responsáveis por formar a membrana
celular dos neurônios e podem ser encontrados nos peixes de águas frias,
nozes, espinafre, óleo de milho e de soja.
Cálcio
O cálcio auxilia na condução dos
sinais neurais: está no leite e derivados, nozes, cereais integrais,
brócolis, agrião, verduras, figo e farinha de aveia.
Peixes
Uma dieta à base de peixes como atum
e truta, além de carne vermelha, derivados do leite, soja, amendoim,
amêndoas, germe de trigo e queijo tipo cottage, estimula a substância
chamada dopamina em nosso cérebro, capaz aumentar a concentração.
Brócolis
Possui serina
e metionina, essenciais para aprendizagem e memorização, substâncias que
também são encontradas nos peixes, frango, peru, carne bovina, castanha
de caju, germe de trigo, brócolis, ervilha, espinhafre, arroz e pão
integral.
Ferro
O ferro auxilia no transporte de
oxigênio para o cérebro e na sensação de saciedade. Entre os alimentos
que possuem ferro estão a carne vermelha, o germe de trigo, a aveia, o
espinafre, a lentilha, a soja e o feijão.
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