Câncer de mama

No mês de outubro o mundo se veste de rosa para chamar atenção sobre o câncer de mama - o tipo que mais mata mulheres nos quatro continentes. Em meio a inovações e avanços no tratamento da doença, Sua Vida Mulher foi saber de uma especialista o que é possível fazer para prevenir a doença.

Para começar, duas notícias: uma boa e outra nem tanto assim. A animadora é que a cura do câncer de mama pode chegar a 95% dos casos, se descoberto e tratado cedo. A parte ruim é que na prática, pouca coisa pode ser feita para preveni-lo. Ou seja, não há uma receita pronta a ser seguida para evitar que a doença de fato apareça.

Em meio a um cenário um tanto desesperador, há uma luz no fim do túnel. Hábitos saudáveis de vida reduzem e muito os riscos de se desenvolver a doença.

"Existem os chamados fatores de risco que na verdade são hábitos de vida como o consumo de álcool, de gordura, de alimentos com muitos corantes ou conservantes que podem conter substâncias cancerígenas e a exposição a radiações ionizantes. Consequentemente se a pessoa se afasta desses condicionantes, diminui o risco de ter a doença", elencou a mastologista Carolina Diógenes.

Mas não é só. Além de adquirir hábitos saudáveis, é preciso fazer check-ups regulares. No caso do câncer de mama, esse rastreamento é feito através do exame chamado mamografia. É ele que vai garantir um possível diagnóstico precoce.

"O rastreamento do câncer de mama é feito através da mamografia e não pela ultrassonografia de mama como muitas mulheres pensam. Às vezes a mulher faz um ultrasonografia e pensa que está segura porque não foi detectado nódulo. O que elas não sabem é que o câncer de mama não se manifesta apenas através do nódulo, daí a necessidade da mamografia, que faz uma verdadeira varredura na mama", explicou a médica.

Ela reforça que esse exame deve ser feito anualmente por mulheres a partir dos 40 anos de idade e não dos 50 como passou a recomendar agora a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"A Sociedade Brasileira de Mastologia se manifestou contra essa recomendação por entender que ela foi feita tendo por base uma questão financeira mercadológica. Nós trabalhamos com estatística, com números e tendo por base isso, a recomendação é mamografia regular para mulheres a partir dos 40 anos", argumentou Carolina.

Independente da polêmica envolvendo o exame, ele não está isento para mulheres mais jovens e pode ser feito inclusive por homens. Tudo vai depender da necessidade de cada pessoa, daí a importância de incluir na agenda de check-up, uma visita ao mastologista.

JANAÍNA HOLANDA

Da Redação

Fonte: Jornal de Fato