Em clima de muita comoção a
cidade de Caraúbas/RN deu adeus ao símbolo de sua cultura, o sanfoneiro Caçula Benevides.
Considerado por muitos como o “mestre da sanfona”, Caçula sofreu um acidente
vascular cerebral (AVC) passando uma semana internando na unidade de terapia
intensiva (UTI) do Hospital Regional Tarcísio Maia. Faleceu na manhã da última sexta-feira
(19).
Seu corpo foi velado no Santuário
Sagrado Coração de Jesus, onde seus familiares, amigos, músicos e fãs, puderam
prestar as últimas homenagens ao músico. A imprensa também esteve presente, com
as rádios Liderança FM e Centenário AM fazendo a total cobertura, blogs,
jornais, e a INTERTV Costa Branca que capturou imagens de seu velório.
Em homenagem, o radialista Tadeu
Benevides falou um pouco sobre o “Barraco do Tadeu”, programa de rádio que
acontecia com apresentações de músicos ao vivo onde Caçula foi por 30 anos
parceiro. Considerado seu discípulo, o Sanfoneiro Erivan emocionou a todos ao
tocar na sanfona que pertencia ao mestre uma das músicas que mais gostava de
dedilhar no instrumento: Brasileirinho.
Levando sua palavra a todos os
presentes, o Prefeito da cidade, Ademar Ferreira prestou sua solidariedade à
família, apontou que Caraúbas e toda região perdia um dos seus grandes
símbolos, que a cultura nordestina estava mais triste com esta perda.
Já passavam das 17h e o corpo de
Caçula Benevides se encaminhava ao Cemitério Público de Caraúbas, em seu
cortejo continuavam homenagens com as Bandas de Música Maestro Joaquim Amâncio
e do Grupo de Escoteiros.
Um pouco da História de Caçula Benevides
Manoel Monteiro Benevides, nome
de registro de Caçula Benevides, nasceu no dia 1º de dezembro de 1945, filho do
casal Lino Monteiro e Maria Amélia Benevides. Logo aos 2 anos de idade Caçula
perdeu seu pai.
Mesmo tendo cursado até a 4ª
Série do primeiro grau, o músico se considerava “mais sabido que muitos que
fizeram o ginásio”, segundo a sua nora, Jorgiane.
Caçula Benevides se aproximou da
sanfona na adolescência, escutando os programas da Rádio Rural, aprendeu a
tocar o instrumento praticamente sozinho. Quando jovem ganhou uma sanfona vinda
da Itália, dada por um primo.
Na vida artística gravou 6 CDs
oficias, sem falar em diversos outros promocionais ou em parcerias, um deste
atingindo grande sucesso, com o cantor Nilson Viana. Outros dois CDs teria
gravado com um dos seus maiores incentivos e discípulos, Dorgival Dantas. Tocou
com diversos nomes lendários do forró como, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio
Nordestino, Waldonys, entre outros.
Entre as músicas que Caçula mais
gostava de tocar diariamente eram “Saudade
de Ouro Preto” e Royal Cinema”. Aos familiares dizia que tinha duas grandes
vontades, uma seria de fazer uma Fundação em seu nome, e a outra de construir a
sua Biografia detalhada.
Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Caraúbas/RN
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